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Diante de tantos problemas, Capela se torna espaço de acolhimento para jovens estudantes

Vivendo um momento extremamente crítico em âmbito religioso, familiar, econômico e político, é normal que alunos de uma Universidade Federal, muitas vezes longe de casa, se sintam completamente expostos a todos os problemas que o cercam durante o seu dia a dia. Diante disso, um centro religioso dentro da UFV, disposto a atender todos os alunos e funcionários é, sem dúvida, fundamental para a formação, não só acadêmica, mas pessoal do jovem estudante.

De acordo com o Capelão responsável pela Capela do Imaculado Coração de Maria, Padre Paulo Nobre, “a capelania dentro de uma universidade se torna espaço de formação e vivência de experiências indispensáveis para o bem estar das pessoas, fortalecendo o espírito de alunos, professores e funcionários dentro da instituição.”

Quando perguntado sobre a procura dos jovens estudantes, Padre Paulo relata que a busca é frequente, e que há um grande desejo de formar equipes para observar casos específicos mais de perto.

“Os jovens se sentem abalados, adoecidos emocionalmente e fragilizados em suas experiências de fé. Querem ser acolhidos, buscam palavras e gestos que alimentem suas esperanças e reforcem o sentido da vida e do que estão fazendo enquanto estudantes de graduação e pós-graduação. […] Estamos formando equipes de alunos, funcionários e professores que possam acompanhar algumas situações mais específicas. Este é nosso grande desejo, ou seja, que as atividades da Capela não estejam todas vinculadas ao ministério do Capelão (padre).”

Além disso, ele explica que o apoio oferecido pela UFV à capelania é essencial para o funcionamento dela, mas que nem todo o recurso provém da instituição. Através da Pastoral do Dízimo e das colaborações generosas dos cristãos, parte dessa demanda para a manutenção das atividades religiosas na Capela é adquirida.

Por último, Padre Paulo cita a importância da manutenção das raízes religiosas de cada estudante, e que este é o motivo da existência da Capelania. Entretanto, concorda que seja necessário a presença de outros grupos religiosos dentro da Universidade a fim de englobar outros tipos de crenças.

“O Estado é laico, mas nós (ou a maioria) cultivamos nossas raízes religiosas. Sem dúvida, outras expressões religiosas podem e devem encontrar no ambiente universitário espaço adequado para o fomento de suas práticas. Considero importante, também, a abertura para o diálogo e prática ecumênica. Somos de credos diferentes, mas buscamos o mesmo ideal de descobrir a verdadeira felicidade na comunhão com Deus e serviço aos irmãos.”

Por: Guilherme de Carvalho Alves. Estudante do curso de Comunicação.

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